EU SOU O "EU" QUE EU GOSTARIA DE SER?
- Alan Donizete
- 10 de dez. de 2015
- 3 min de leitura

Sabe aquela vontade de deixar pra trás isso que você é agora e ser alguém totalmente diferente, como que num passe de mágica? Assim, de repente, ser o oposto da pessoa que você é? Dia desses tive essa vontade. Vontade de tirar o meu "eu" pra fora e deixá-lo pendurado no varal do quintal no fundo da minha casa, e em seu lugar trazer um novinho em folha. Um novo eu interior, sabe? É que às vezes cansa ser o que a gente é, assim, dessa forma que não gostamos de ser. Não cansa?
Mas é assim que as coisas funcionam: quando a gente está contente e satisfeito com o nosso interior, consequentemente isso transparece ao nosso exterior, e então nos liberta a sermos um alguém melhor. Um alguém diferente do que já somos. Alguém que, interiormente, desejamos ser. Estar de bem com o nosso interior também nos liberta a fazer coisas que nem iríamos pensar em fazer se estivermos insatisfeitos com nós mesmos. Era como eu estava me sentindo àquele dia. Insatisfeito. Todos os dias, aliás.
Mas, sabe qual é a verdade que com uma pequena dose de realidade eu pude perceber? Que é preciso renovar o nosso eu interior. É! É preciso renovar-se. Se reinventar constantemente. É preciso mudar. Assim como a gente muda de pensamento, de sentimento, de ideia, de opinião... De tudo! É também preciso mudar o nosso interior. Fazê-lo novo e melhor, da maneira como queremos, pra que assim a gente possa exteriorizar a mudança que está gritando pra sair do já velho e desgastado interior.
No dia em que eu senti a necessidade de pendurar o meu velho e desgastado "eu" no varal de casa, foi por eu ter parado um pouco pra pensar o quanto eu estava cheio da mesmice que eu estava vivendo. Eu me dei conta de que não estava nem um pouco legal viver dia após dia, assim, parado, sem nada de novo acontecendo. Ou melhor, sem fazer nada pra que algo novo acontecesse.
Não é legal viver com os dias sempre iguais. Monótonos. Se pelo menos fosse uma monotonia de alguma ocupação que eu pudesse ter. Mas não. Há menos que passar o dia sentado no sofá vendo televisão seja uma ocupação... Péssimo!
O fato é que não é nada bom ver o rumo que a nossa vida está tomando, quando é nítido que está indo pra um lado ruim. Nem é preciso dizer que: É PRECISO MUDAR. Né? Todo mundo com certeza já sabe que quando uma coisa está ruim, é preciso mudá-la, ou não? Afinal, qual a finalidade de viver senão estar em constante atividade, em constante mudança? Do ruim para o bom, do bom para o melhor!
Quero dizer: a gente tem que correr atrás de fazer a nossa própria vida da forma que gostaríamos que ela fosse. E assim sermos aquilo que realmente gostaríamos de ser. Chega desse negócio de só ficar parado e daquela história de: “Eu não tenho nada pra fazer!”. Todo mundo tem e sempre terá o que fazer, mas as coisas só acontecem quando realmente queremos que elas aconteçam. E EU QUERO! Ficar parado? Chega! Pra mim deu! E pra você, ein?
É muito difícil a gente estar satisfeito com o que a gente é. Pelo pelos 100% satisfeito. Só estaremos satisfeitos com o que somos (mesmo que não 100%) quando nos sentirmos útil à alguma coisa nesta vida. Quando tivermos algo que fazer. Que correr atrás. Algo que nos preencha e nos faça sentir que temos um motivo para estarmos aqui, vivos, neste mundo tão maluco.
Isso foi algo que eu entendi e que também me fez perceber que para eu ser quem eu realmente gostaria de ser, não bastaria só estar cansado do velho eu, e assim querer deixá-lo pendurado no varal de casa, ou em um varal qualquer que seja, mas que além de ser preciso estar em constante renovação com o nosso próprio interior, também é preciso permitir que a vontade por um novo e melhor "eu" se alimente de força de vontade e garra pra correr atrás dele.
Nunca é tarde demais pra pendurar tudo aquilo que não queremos mais pra nossa vida, e partir em busca de tudo o que queremos. A única coisa que pode ser tarde demais, um dia, é quando cair a ficha de que não fizemos tudo o que queríamos ter feito – no momento em que poderíamos e deveríamos. Ou que não nos tornamos quem realmente gostaríamos de ter sido. O tempo passa, e aí sim o "tarde demais" pode vir a calhar.
Alimente-se de perspectivas, de metas, sonhos... De tudo o que te for bom, e simplesmente parta em busca do seu almejado "eu".
Ahh... E mantenha sempre um espaço vazio em seu varal... Que é pra pendurar o que já estiver velho e desgastado. ;)
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