SOU FELIZ ASSIM COMO SOU!
- Alan Donizete
- 14 de mar. de 2016
- 3 min de leitura

Esse sou eu. Essa é minha insegurança: não curtir tirar fotos pra publicá-las nas minhas redes sociais. Droga! Eu acho que isso é culpa do injusto padrão de beleza que a sociedade criou. Inventou.
A insegurança com a aparência é quase sempre fruto desse pensamento: o que os outros vão achar de mim? Será que vão me zombar? Me rejeitar? Me abandonar? Me esquecer? Eu não posso lidar com o julgamento! Espera... Ou será que posso? Quero dizer, por que eu tenho que temer o julgamento? Ele vem de pessoas... E... Pessoas são apenas pessoas! Iguais a mim! Eu posso mesmo ter um milhão de defeitos, e tudo bem, eu tenho esse direito. Eu posso ser inseguro e não gostar da minha aparência, tudo bem, eu também tenho esse direito. O único direito que eu não tenho é de apontar o dedo pra uma pessoa e julgar nela todos os seus defeitos. Então, por que eu deveria me importar com o julgamento que poderão fazer de mim? Estarão apenas me apontando o dedo, sem esse direito, porque a verdade é que eles também têm seus defeitos. Todos têm.
"Eu odeio o meu cabelo, é tão desajeitado. Não gosto das minhas orelhas, elas são um pouco grandes demais. Também detesto os meus dentes, não são tão retos como eu gostaria, nem tão brancos...".
Mas... Pera lá! Será que eu acho mesmo que a insatisfação com minha própria aparência é um sentimento exclusivo meu? Porque, se eu parar pra pensar, eu acho que já ouvi àquele tal Renan reclamando do próprio cabelo, que é enrolado, e ele queria que fosse liso. Também já ouvi o Matheus dizer que não suportava seu nariz, que o achava grande demais. Já presenciei várias vezes a Dayane reclamando da sua pele, que estava com muitas e muitas espinhas.
Sabe... Eu não sou o único. Não mesmo. Quantas pessoas que não estão satisfeitas com a própria aparência devem existir por aí? E sabe o que mais? É completamente possível viver com o julgamento das pessoas, porque elas irão mesmo te julgar – por qualquer aspecto, em qualquer situação – mesmo elas sabendo que também não são perfeitas. Nem que nunca serão. Se eu me deixar ser inseguro só pelo medo do que as pessoas vão pensar sobre mim, eu estaria deixando de viver. Porque eu sei que nunca vou ser perfeito (e não tenho que ser), eu só tenho que viver minha vida à minha maneira, assim como eu sou.
Não são as pessoas que devem dizer como eu tenho que ser, ou como não tenho que ser. Elas podem ter criado o "padrão de beleza ideal", mas quer saber? Eu nunca segui nenhum padrão, e não vai ser agora. Eu vou simplesmente deixar o julgamento rolar (mesmo os ocultos em pensamentos), os comentários surgirem e as pessoas apontarem, e não vou mais encanar com isso. Sabe por quê? Porque eu percebi que as pessoas te apontam um padrão de beleza que acham que você tem a obrigação de ter, porque as mesmas querem enxergar nos demais, o que elas não encontram nelas mesmas. E aí, é muito mais fácil apontar os defeitos alheios, do que reconhecer e apontar os próprios.
Por fim, quer um conselho? Viva sua vida, e independente do que as pessoas vão achar e dizer: viva à sua maneira, do jeitinho que você é. Essa é a graça da vida: você ser diferente de um jeito único em relação às demais pessoas. Faça um julgamento de si mesmo e descubra como você pode e deve viver. E se quiser tirar mil fotos e colocar no álbum do facebook, faça isso. Se quiser ter uma única foto, então tenha, pelo tempo que você quiser. Mas se não quiser ter nenhuma, então não tenha. Você não tem essa obrigação. A única obrigação que nós temos, é fazer tudo o que quisermos fazer, da maneira como quisermos, por nós mesmos, nunca por influências de outras pessoas.
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