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MUDOU O CENÁRIO, MAS NÃO O ENREDO

  • Alan Donizete
  • 22 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

Amanheceu o dia. E a claridade dessa janela faz você despertar, como de costume. Você dá aquela espreguiçada, boceja, e sem muito ânimo, pensa: já amanheceu? E ainda na cama um dos primeiros pensamentos do dia logo surge: como será este dia? Você fecha os olhos novamente e com um anseio inexplicável por felicidade, deseja: que este seja bom. Que eu tenha a paz que eu preciso e encontre a felicidade que eu procuro.

Você se levanta e tenta ser o mais positivo que pode. Passa por todos que cruzam o seu caminho logo pela manhã desejando um bom dia. Esperando que aquilo que costumam dizer por aí seja verdade: tudo que desejamos ao outro nos retorna em dobro. Isso é realmente tudo o que eu preciso: um bom dia. Que seja em dobro, triplo, quádruplo...

Ao lavar o rosto você se depara com o espelho... E se auto questiona: você está feliz com o que está vendo? Você sabe que não está. Você sente isso. Você vive isso. Mas você tenta dizer a si mesmo e a todas as outras pessoas que está bem. Que está feliz. Acho que evitar falar dos nossos problemas com alguém acaba se tornando a melhor alternativa para não ter que ficar lembrando desses problemas a cada vez que nos perguntam como estamos nos sentindo.

Ah, quem vai entender esses problemas que não nos deixam estar completamente bem e felizes? Você prefere guardar todas as coisas que sente para você mesmo. E tenta levar o seu dia a dia assim, como se nada estivesse acontecendo. Como se nada estivesse impedindo que você saia por aí realizando tudo o que deseja tanto realizar.

A noite cai. E para as outras pessoas pode parecer que é só mais um dia que terminou. Mas para você é mais uma oportunidade pela busca da felicidade que foi desperdiçada. Você deita em seu travesseiro e logo surgem os pensamentos: mais um dia que não consegui ser feliz. Quando é que eu vou poder ser feliz de verdade, sem apenas ter que aparentar uma felicidade que eu não sinto? São tantas questões. Tantos pensamentos perturbadores que só se vão quando você finalmente consegue fechar os olhos e dormir. Dormir para no dia seguinte ter mais uma vez a oportunidade de desperdiçar o dia. Ou então de fazer diferente.

Quando é que vamos aprender que a felicidade não é algo a se receber, mas a se conquistar? Só vamos conquistar a felicidade que a gente pede e deseja a cada dia que se inicia, quando usarmos todo esse dia para ir em busca dessa felicidade. Não peça para ser feliz. Peça por saúde, por determinação. Pois é tudo o que você precisa para ir atrás do que te fará feliz.

Não gaste o seu dia fingindo para si mesmo e para as outras pessoas que está feliz do jeito que está. Você pode acabar se acostumando com esta ideia. E então, se acomodando com ela. Se acomodando na vida que está vivendo. Não se acomode, se incomode. Se incomode pela felicidade que você ainda não conquistou. Isso te habilitará a ir em busca dela. Basta só o primeiro passo. E o primeiro passo é o que você dá a cada dia que tem a dádiva de se levantar da cama o por os pés no chão.

Continue o trajeto que vai do seu canto de aconchego para além do portão da sua casa.

Se permita. Tente. Arrisque. Vá em busca e encontre o simples motivo de felicidade que dará a sua vida o sentido que você sempre procurou. Enquanto não fizer isso, vai perceber a cada dia que viver na mesma rotina, fingindo sempre a felicidade que você não tem, fingindo sempre estar bem quando na verdade não está, enganando a si mesmo para não ter que encarar a realidade como ela é... Vai se dar conta de que a única coisa que estará mudando é o cenário do seu dia a dia, mas não o enredo da sua história.

Você é o protagonista da sua vida. Mude o enredo.

 
 
 

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