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O NOSSO AMANHÃ NÃO NOS PERTENCE

  • Alan Donizete
  • 15 de mai. de 2016
  • 1 min de leitura

Noite fria. Tremedeira. Será só o tempo ou é a sua ausência que está me causando calafrios? Tentei dormir. Não consegui. Só consigo fechar os olhos para imaginar e relembrar nós dois.

Olhos fechados. Eu te vejo. Não te alcanço. Por que quando estico os meus dedos não consigo tocar-te, sentir-te, ter-te? A distância em quilômetros já não é a única que existe entre nós dois neste momento. Agora o que nos distancia é a longitude dos nossos sentimentos. Você está tão distante com eles. Mas ainda posso nos reinventar se tocar sobre a recordação mais real que ainda tenho. Guardei nossa foto.

Abro os olhos. Observo-te. Pergunto-me: por que é que as coisas tinham que ter terminado assim? No começo você parecia o presente ideal para um futuro perfeito. Não foi. Mas foi o ideal para um presente que agora é o nosso passado.

E quanto ao nosso futuro? Ah, o futuro... O que podemos esperar para ele enquanto que a única coisa que temos certeza é do nosso sentimento enquanto atual? No amanhã ele pode acabar. O amanhã pode não chegar. No amanhã você pode partir. E o nosso amanhã não mais nos pertencer. Você partiu.

Agora, cá estou eu em meu atual presente. Com a lembrança de um velho passado. E a esperança de um novo futuro. Com você? Não mais. Será? Não sei. Como disse: o nosso amanhã não nos pertence.

 
 
 

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