A SOLIDÃO QUE ME IMPEDE
- Alan Donizete
- 20 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

A verdadeira solidão não é a que sentimos quando estamos na ausência de pessoas. A verdadeira solidão é a que sentimos quando nos ausentamos de nós mesmos. Entende? Você pode estar em meio a uma multidão de pessoas e mesmo assim se sentir a pessoa mais solitária deste mundo. Não são as pessoas que preenchem o vazio que sentimos. São as coisas que deixamos de viver, de sentir. Os bons sentimentos em relação à vida e a nós mesmos.
Você se sente sozinho sem nenhuma pessoa para te fazer companhia. Qual seria a solução? Ligar para alguém, um amigo, marcar um encontro, bater um papo, desabafar. Ou então sair por aí – mesmo que sozinho. Apenas sair, espairecer, ver pessoas e quem sabe conhecer alguma. Por que não?! Aparentemente é tão simples, não é? Mas você não faz isso. Você não procura pela companhia. Você se tranca e se esconde dentro de si mesmo. Sabe por quê? Porque em algum momento, por alguma razão, você se perdeu dos bons sentimentos sobre si mesmo, sobre a vida, sobre como encarar o mundo e as pessoas.
Você se acorrenta aos maus sentimentos que fazem com que você se veja aí, sozinho. Imaginando que ninguém se importa, que a sua ausência não fará a menor diferença na vida de alguém. O que não é verdade. E no fundo você sabe disso. Você sabe que só precisa se libertar do que te faz se sentir inferior, cabisbaixo, como se fosse ser rejeitado por todos se decidisse sair do seu cantinho e enfrentar o mundo. Como se não fosse capaz disso.
Posso dizer uma coisa? Pessoas são diferentes. Todas elas. Mas são todas diferentes por fora. Por dentro todos nós temos coisas em comum. Todos nós temos medos, inseguranças, incertezas, bons e maus momentos e sentimentos.
Agora me diz: quando você olha para a rua, quantas e quantas pessoas você avista indo e vindo por todas as direções? Muitas, não é? Sabe o que elas estão fazendo? Estão no trajeto que elas se propuseram para concluir suas metas do dia a dia. Estão tocando suas vidas. Sabe o que isto quer dizer? Que independente dos nossos medos e inseguranças, das nossas dúvidas e incertezas, e dos nossos problemas mais profundos, nada deve nos impedir de concluir aquilo que fomos predestinados a fazer desde o momento em que demos o nosso primeiro suspiro de vida: persuadir o mundo.
Abandone o que te impede de fazer isso. Pois a solidão e todas as inseguranças que ela traz deixam de existir no momento em que você se sente no controle da sua própria vida. Sendo quem você realmente é. Sem mais precisar fugir das possibilidades da vida e se esconder nas inseguranças dos seus medos.
Apenas ser você.
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