AQUELE ROMANCE DE FILME
- Alan Donizete
- 2 de jun. de 2016
- 3 min de leitura

Que ilusão. No começo aquele simples e despretensioso Oi me pareceu ser o inicio de uma história onde nós dois seriamos os protagonistas e teríamos aquele tão esperado final feliz. Não tivemos.
A verdade é que nem a história nós tivemos. Sim, foi o simples "Oi, tudo bem?" de um até então desconhecido que me fez imaginar toda aquela coisa... Àquela que costumamos ver em todos aqueles filmes de romance.
Ah, essa minha imaginação voa longe com as asas da minha carência.
O que eu posso fazer? Eu estou tão cansado de esperar pela pessoa certa, pelo par perfeito. Como acontece nos filmes: depois de todo o drama o mocinho e a mocinha sempre terminam juntos e felizes. Qual a probabilidade disso acontecer na vida real? Será que é tão simples assim como nos filmes?
Bom, só sei que a vida não segue nenhum roteiro, por isso pode acabar sendo um pouquinho mais complicado. Talvez esta seja a razão pela qual eu faça qualquer Oi se transformar em um romance imaginário: escrito da forma como eu sempre imaginei e modificado sempre que eu sentir a necessidade de mudar pra melhor alguma coisa em você. Em nós.
Eu e essa minha mania de imaginar coisas. De achar que o primeiro que surgir na minha frente será a pessoa certa. Aquela pessoa que estiver parada ao meu lado na espera pelo ônibus, ou a que se aproximar para perguntar as horas... Até mesmo aquela que sentar atrás de mim na sala de aula e me cutucar para pedir a borracha emprestada. Todas elas são uma só: a pessoa certa que fará o meu romance imaginário ganhar vida. Protagonistas reais sem um roteiro escrito.
Por que será que isso não é tão fácil de acontecer? Será porque esse tipo de romance só acontece mesmo nos filmes? Ou será porque eu espero demais? Que dúvida! Talvez seja um pouco dos dois.
Esperar demais pelo incerto é criar expectativa pelo irreal.
Mas quem é que nunca olhou para aquela pessoa e imaginou nela todas as qualidades que a pessoa dos seus sonhos teria e por isso te fez criar a expectativa de que ela seria a pessoa perfeita pra você?
A expectativa é inevitável! E quanto maior ela é maior é a queda depois.
Caí. Machucou. Por dentro. Mas se machucar também é inevitável. Faz parte da vida, das escolhas que fazemos e das decisões que tomamos. Parte do aprendizado que ganhamos a cada ilusão e desilusão, erros e acertos, sins e nãos... Tudo bem, tudo serve mesmo como um grande aprendizado.
Com esse eu aprendi que aquele romance de filme até pode existir, mas que é preciso fincar bem os pés no chão e a imaginação no real. Que é preciso paciência e perseverança para não desistir de encontrar a pessoa certa. Mas que também é preciso tempo. Tempo o suficiente para que você aproveite a vida, conheça diferentes pessoas e colecione o máximo de experiências que puder. Só assim você vai saber das chances de encontrar a pessoa certa num mundo de pessoas tão distintas e sentimentos que, por vezes, tornam-se incompatíveis.
Mas não impossíveis de ser descobertos. Com certeza você não é o único a sonhar com um romance daqueles... Você sabe qual!
Não espere, não imagine, não fantasie. Viva e descubra o real!
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