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DESPRENDER-SE DE COISAS PASSADAS

  • Alan Donizete
  • 6 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

É tão difícil se desprender de coisas que fizeram parte da nossa vida e que ainda amamos. Desde a perda do animalzinho de estimação a um relacionamento que foi por água abaixo. A gente sabe que é preciso tempo para se desprender dos sentimentos que ficam depois de todo fim. Mas será mesmo o tempo responsável pelo desprendimento e pelo esquecimento de um sentimento, ou a nossa vontade por esquecer?

Talvez o tempo não passe para uma mente que insiste em permanecer nas mesmas lembranças.

É como quando você publica uma foto que gostou muito no instagram e depois fica com dó de publicar outras porque sabe que ela vai ficar cada vez mais distante. Mais distante e mais próxima de ser esquecida. Às vezes não queremos esquecer o que é bom, o que foi bom, nem mesmo o que já não é tão bom assim. Na maioria das vezes temos esse medo do desapego. Por que é que insistimos em manter tão vivas algumas das nossas lembranças? Será que uma vez que algo foi vivido isso fará parte do que nós somos pro resto da vida?

Mas a grande questão é: será preciso esquecer para seguir em frente?

Sabe, todas as coisas que vivemos, que tivemos e que perdemos fizeram parte da nossa vida, dos nossos momentos, dos nossos sentimentos e da nossa história, e por isso estarão sempre e para sempre em nossa memória. Isso é fato. E o que deve mesmo ser esquecido são os laços que nos prendem a essas coisas que já se foram. Você sabe, não podemos mudar o que passou, mas podemos dar continuidade ao que ainda passará.

O pensamento no futuro é o que constrói a nossa história. Pensar no passado é retrocedê-la.

A nossa mente é como um armazém que acumula todas as nossas recordações. Sejam elas boas ou ruins, não devem impedir que fiquem guardadas bem lá no fundo de uma gaveta para que deem espaço para tantas outras que ainda virão.

E assim nós continuamos vivendo: armazenando recordações passadas em busca de recordações futuras. Se desprendendo do que se foi e dando espaço ao que virá.

 
 
 

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