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QUANDO EU ERA CRIANÇA


Quando eu era criança eu tinha a mania de ficar planejando o futuro.

Ah, se eu ao menos tivesse uma ideia do que me esperava...

Veja, futuro, olhe só aonde me trouxe até aqui. Pra ser honesto, as coisas não têm sido exatamente como eu planejei lá atrás.

O que deu errado? Onde é que está o erro? Onde foi que eu errei? Será que eu que errei?

Ou será que o erro foi planejar demais, criar expectativa demais, querer demais pra neste momento perceber que nada acontece da forma como queremos?

Sabe, futuro, eu não te culpo pelo meu presente. Hoje eu sei que tudo o que temos e o que somos é mera consequência dos nossos próprios atos. Talvez eu tenha deixado demais as coisas nas mãos do destino e me esquecido de fazer com que ele acontecesse.

Há pessoas que nem sequer acreditam em destino. Destino, você existe mesmo?

Ou você é apenas uma desculpa para prolongarmos todas aquelas pequenas atitudes do cotidiano?

Quando criança eu dizia que terminaria os estudos, me formaria na faculdade, trabalharia, namoraria, casaria, teria filhos e viveria o felizes para sempre. Sabe essa coisa de vida feliz que todas as pessoas sonham em ter? Eu sonhava. Eu planejava. Simples assim.

É, hoje eu percebo que planejar é o mesmo que pedir uma coisa que não se pode ter. Se o amanhã já é incerto, quem dirá o futuro que planejamos...

O futuro é um mistério.

E se tem uma coisa que eu aprendi desde a infância, embora só tenha parado pra refletir depois de grande, é que assim como nos desenhos do Scooby-Doo, os mistérios só são resolvidos com planos colocados em prática.

Plano e prática, eu diria ser a combinação essencial para qualquer desejo de sonho realizado.

Eu posso até planejar as coisas que eu quero pra amanhã, pra daqui um mês ou um ano, mas jamais entregar todos esses planos nas mãos do destino e esperar que ele mude o meu presente e me traga o futuro que eu espero.

Não espere. Vá e busque-o.

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